✍️ Texto histórico adaptado e organizado por Rogério Silva, pesquisador e morador de Magalhães Bastos.
Entre as casas mais humildes da Vila São Miguel, um imóvel se destaca: o antigo casarão da família Maria da Costa, situado próximo à linha férrea, é considerado um verdadeiro marco histórico do bairro de Magalhães Bastos.
📸 Antigo casarão da família Maria da Costa, um símbolo da Vila São Miguel | Foto ilustrativa
Segundo moradores mais antigos, o casarão teria sido habitado por fazendeiros portugueses ainda no tempo do Império.
Com mais de 10 mil m², o terreno do casarão virou depósito de lixo. Duas famílias vivem no local, criando cavalos, galinhas e cães. Outras pessoas que moravam no interior do prédio foram retiradas por risco de desabamento. Parte do imóvel já desabou, deixando os tijolos maciços à mostra.
Mesmo assim, detalhes como as águias de bronze esculpidas no topo da fachada ainda resistem ao tempo e ao abandono.
A construção impressiona os apaixonados por arquitetura antiga. Sem uso de cimento, os tijolos são encaixados um a um, revelando uma obra feita com paciência e técnica. Ainda é possível ver mármores antigos e arcos originais que permanecem intactos dentro do imóvel.
Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, não há registros oficiais sobre o casarão. No entanto, o Conselho de Tombamento de Bens está realizando um cadastramento na Zona Oeste, e o imóvel está incluído nessa listagem. A expectativa é que o local receba visita técnica de arquitetos e, futuramente, possa ser tombado.
O destino do casarão gera polêmica. A Associação de Moradores da Vila São Miguel defende o tombamento do prédio e o aproveitamento do espaço como área de lazer. Outros moradores acreditam que o local deveria abrigar uma escola.
Ricardo Cardoso de Souza, presidente da associação, aponta que a Zona Oeste é esquecida quando se trata de preservação cultural. Segundo ele:
“Existem várias escolas no bairro, mas a maioria precisa de reformas. Já áreas de lazer, não temos nenhuma.”
Ricardo defende que o casarão seja transformado em um complexo esportivo com quadras, pistas de atletismo e espaços para estimular talentos da região.
O projeto, segundo ele, atenderia a uma necessidade real da comunidade, promovendo cultura, esporte e cidadania.
📰 Texto original de Adriana Pavlova | Arquivo Jornal O Globo
📌 O conteúdo foi extraído na íntegra do Jornal O Globo, sem alterações, para fins de preservação histórica e informativa.
Tadeu Vida, nascido em 1951, é uma das figuras mais marcantes da história cultural de Magalhães Bastos. Nascido e criado no bairro, desde cedo demonstrou uma forte vocação artística e um compromisso inabalável com as tradições populares.
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