✍️ Texto histórico adaptado e organizado por Rogério Silva, pesquisador e morador de Magalhães Bastos. Relato original de Geovania da Fonseca de Souza.
Sebastião Lopes da Costa Pinho (1855–1914), conhecido como o Conde Sebastião de Pinho, imigrou ainda jovem para o Brasil, chegando à Bahia por volta de 1872, aos 17 anos. Iniciou sua vida nos negócios do fumo e, mais tarde, mudou-se para o Rio Grande do Sul, onde se casou pela segunda vez.
Fez fortuna com suas atividades comerciais e, na década de 1880, estabeleceu-se no Rio de Janeiro. Aproveitando a política econômica de Rui Barbosa, durante o governo Deodoro da Fonseca, fundou em Sapopemba o complexo industrial chamado “Sebastianópolis”. Lá funcionavam a primeira olaria nacional de telhas francesas, uma fábrica de tecidos de linho, serrarias, alambiques e muito mais.
Durante as obras da Transolímpica, muitas construções históricas foram demolidas. Mas, atrás da Vila Militar, perto da passarela que liga a Vila Militar a Deodoro, ainda resistem algumas casas datadas de 1895, com janelas e portas originais — relíquias que desafiam o tempo.
Essas casas faziam parte da antiga Fazenda Sapopemba, que já foi propriedade do Barão de Mauá, pioneiro da iluminação e das estradas de ferro no Brasil. Posteriormente, foram adquiridas pelo Conde Sebastião do Pinho, que alugava os imóveis e cobrava até pela iluminação pública da fazenda.
Apesar de sua ascensão, o Conde viveu um dos primeiros escândalos de alta sociedade no Brasil. Acusado de desviar recursos dos próprios sócios e até da ex-esposa, foi processado, difamado na imprensa, preso (libertado por habeas corpus) e levado à falência.
Em 1895 e 1896, sem conseguir pagar suas dívidas, o Banco do Brasil leiloou as terras de Sebastianópolis, que possuíam vagões próprios para transporte de carvão e eram cortadas por um ramal ferroviário que ia até Guapimirim. A estação, ainda hoje, é a de Deodoro.
A lagoa do Campo de Gericinó, onde ocorrem treinamentos militares, é artificial — foi escavada para retirada de matéria-prima usada na olaria do conde. A chaminé ainda pode ser vista dentro do atual Pátio Legal, em Deodoro.
Fundada em 1913, a tradicional Escola Rosa da Fonseca funcionava inicialmente onde hoje está localizado o Hospital Geral da Vila Militar (HGUVN). É possível ver até hoje o globo e o compasso, símbolos da escola, no alto da entrada do hospital. A escola foi transferida para sua atual localização entre o fim da década de 40 e o início dos anos 50.
O quartel PQRMNT, por onde passará o novo viaduto, foi construído em 1943. Os postes da praça e da estação de trem ainda são da mesma época e permanecem de pé, resistindo às transformações da cidade.
📷 Relato e contribuição visual de Geovania da Fonseca de Souza
Magalhães Bastos tem origem do nome dada em homenagem ao Tenente Coronel Antônio Leite Magalhães Bastos, que nasceu em Pernambuco aos 2 de setembro de 1873
O Esporte Clube São José é um clube esportivo localizado em Magalhães Bastos
Um imóvel se destaca entre as casas mais humildes da Vila São Miguel, em Magalhães Bastos.
O cinema que existia na região, o Cine Magalhães, foi desativado
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