✍️ Organizado por Rogério Silva, historiador local
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Magalhães Bastos surgiu da desapropriação da Fazenda Sapopemba em 1907, no governo de Afonso Pena, para instalação da Vila Militar. As terras, produtivas e parte da freguesia de Irajá, pertenciam ao Conde Sebastião do Pinho. O nome do bairro homenageia o Tenente-Coronel Antônio Leite Magalhães Bastos, engenheiro militar com papel decisivo na estruturação da Vila Militar.
Em 1915, o Exército cedeu terrenos a operários, formando os primeiros núcleos urbanos em regiões como o Capão e os Currais. Manoel Guina, mestre de obras, liderou a urbanização e a criação da Conferência São José. O bairro passou a se chamar oficialmente Magalhães Bastos apenas após a Segunda Guerra Mundial.
A identidade militar se revela nas ruas e na presença de batalhões. As ruas homenageiam oficiais como Canrobert da Costa. O bairro abriga a 9ª Brigada de Infantaria, 21º e 25º Batalhões Logísticos e o Parque de Moto Mecanização.
A primeira escola foi a Escola Rural (hoje Escola Municipal Álvaro Alvim). O Esporte Clube São José surgiu em 1922, com apoio da comunidade católica. A fábrica de louça (King) iniciou em 1943 e foi parte importante da economia local.
A estação foi inaugurada em 1914 após pedido de Manoel Guina. Foi essencial para a conexão do bairro com o restante da cidade e teve ampliação em 1936. É considerada um marco de identidade para Magalhães Bastos.
O projeto da Transolímpica (2010) trouxe riscos de desapropriação de centenas de famílias. Moradores organizaram comissão, passeatas e um traçado alternativo. Com apoio de parlamentares, conseguiram reduzir os impactos. A via foi inaugurada em 2016.
O bairro tem perfil residencial, edifícios baixos e comércio variado. Mas enfrenta problemas como alagamentos, falta de praças, escolas e unidades de saúde. A organização comunitária segue viva.
A identidade de Magalhães Bastos é mantida viva por seus moradores, suas lutas e sua história. Desde 2002, este trabalho de resgate foi iniciado com um site simples, mas com propósito firme: registrar e defender a história local. A estação ainda é o marco, mas a memória vive em cada esquina.
📍 Rogério Silva – Historiador de Magalhães Bastos
Com a construção da Vila Militar e das primeiras casas do bairro, muitas delas habitadas por trabalhadores das obras, começou um povoamento mais intenso em Magalhães Bastos. Como os moradores precisavam ir até Realengo para participar das missas, o senhor Manoel Guina usou sua influência e conseguiu a concessão de um terreno para a construção de uma capela em honra a São José.
Conhecer Magalhães Bastos é mergulhar na memória de um povo que construiu sua própria história — com arte, fé, esporte e comunidade.
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